quinta-feira, 7 de maio de 2009

Alou Letícia. Ta me escutando? ensaiei uma porção de respostas, mas não enviei nenhuma. Ontem essa coleçao fez um mês, então, resolvi mudar essa situação. Sabe que eu nunca fui na sala Cecília Meirelles? Adoro programas não programados. Daqui ha 5 dias completo 21 anos, a maioridade confirmada. Poderia ir a clubs em NYC. Tenho a sensação de ter rodado caminhos+caminhos, e rodado em torno do meu próprio eixo também. Me descobri em imensidões; mas tem sempre uns litros de coisas mal resolvidas não é? Ontem tive o semi-encontro que temia ha tempos. Eu o vi (de costas), não sei se ele me viu. Não sei o que senti. Acho que o achei lindo por trás, como sempre achei. Chorei quando sentei no sofá, depois continuei a vida. Talvez eu esteja pensando alto, mas já que chorar não adianta, a gente extravasa, conta, reconta, até encher o saco. Eu me confesso, menos ao Padre. Je ne regrette rien mesmo.
A cidade foi lavada a pouco, eu enviei aquela cartinha à Madame Monsieur pra ver se eles me aceitam em seus aposentos no ano que vem. Essa sua historia dos homens imaginariamente armados só me faz lembrar do quão paranóica tenho andado depois daquele caso do ônibus do metrô. Porque a gente imagina sempre que possa existir sempre algo pior, e é isso que nos faz recuar. Eu sou a maior medrosa do seu circulo de amigos, pode crê.
Você não se sente um pouco mais insegura a cada dia que passa? É horrível essa vulnerabilidade embutida na nossa existência; ainda mais como mulher.
Eu também não seria política. Nem vegetariana.
Acho lindo isso de você não vestir a roupa de famosa e furar fila. Sei lá, sou daquelas que pensa nos pequenos atos que constroem os grandes.
Eu escuto seu espaço uma vez por semana. já te disse que as vezes até choro de tão verdadeiras que são essas musicas? Ganhei esse pijama de vaquinha, ganhei também uma bolsa de fundamentação no Parque Lage. Um colar de cetim e um balde de água fria que me disse: para de achar que só tempo cura. Você se cura também. Engraçado como coisa boa pode virar doença. hm?
Letícia, eu já pensei em fazer essas lutas de auto-defesa. Foi na época que eu saia domingo final de tarde sozinha da praça XV. (parece que foi há anos isso) Minha segunda opção foi comprar uma mascara, tipo a do Pânico. Porque luta, eu ia demorar pra aprender, e teria que me dedicar; demandaria tempo e esforço. Além das palavras, eu nunca fui muito agressiva.
Finito é aqui. Vou ver se consigo ingresso pro Caetano zii&zie.
Feliz dia das mães pra sua mãe mais serena e articulada do mundo.
Beijos meus

2 comentários:

  1. Sou fã das cartinhas de vcs. Até me anima escrever aos meus amigos mais literários e raros.
    Bjs nas duas.
    Ilan

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  2. eu também não seria política, sou um pouco menos medrosa, o que é longe de destemida. Mas acredito no vegetarianismo e meu estômago-verde também.
    bjo

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